novembro 6, 2024
Eider Furtado de Mendonça e Menezes nasceu na cidade do Natal, às 08:30h do dia 23 de abril de 1924, na casa de seus pais, Gil Furtado de Mendonça e Menezes e Maria Emília Furtado, na Rua Felipe Camarão, no trecho entre as ruas Ulisses Caldas e Coronel Cascudo, na Cidade Alta, pelas mãos da experiente parteira Adelaide Câmara.
Dos tempos da infância e adolescência, sua brincadeira preferida era jogar futebol. Sabia de cor a escalação da seleção brasileira que jogou a Copa do Mundo de 1934. Daí surgiu seu amor pelo Abc Futebol Clube e pelo Fluminense do Rio de Janeiro.
Aprendeu as primeiras letras com a “professorinha” dona Águeda, irmã de sua inesquecível avó Bebé. Passou pelo Colégio Pedro II e pelo tradicional Atheneu Norte-Riograndense, oportunidade em que já trabalhava como jornalista n’A República.
Quando concluiu os estudos, em 1944, foi ser diretor artístico da Rádio Educadora de Natal, antecessora da Rádio Poti, onde era conhecido por integrar a Orquestra de Salão da REN, tocando violino, e por atuar como rádio-ator de novelas.
Nessa época, conheceu sua amada Helenita Furtado, prima distante que morava em Santa Cruz. Casaram-se na terra de Santa Rita no dia 08 de janeiro de 1948. Dessa união vieram seis filhos: Heleneide Maria, Paulo Sérgio, Maria de Fátima, Eider Filho, Ricardo George e Ana Emília. E mais 12 netos e 10 bisnetos.
Em 1955, cumprindo uma promessa feita a seu pai, inscreveu-se para o primeiro vestibular da Faculdade de Direito de Natal. Concluiu o curso em 09 de outubro de 1959. Deixou a Rádio Poti para exercer a advocacia.
Profissional de prestígio, foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio Grande do Norte, procurador municipal e Natal e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Recebeu o título de Doutor “Honoris Causa” da Universidade Potiguar.
Foi, também, membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras e da Academia de Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte.
Escreveu 5 livros que, mais que as suas memórias, contam a história da Natal do seu tempo: Audiência de um tempo vivido (2004), No fórum da memória (2008), Nas veredas do tempo (2010), Meio século de memória (2011) e Retalhos da vida (2019).
Partiu para a eternidade no dia 06 de novembro de 2019, com 60 anos de advocacia, deixando um grande legado para a família, amigos, clientes e toda a sociedade potiguar.